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Educação de qualidade e consumo 

    A educação é necessária para o bom exercício da cidadania, na qual está ligada à área das relações de consumo.

    Há necessidade de um mínimo conhecimento à respeito do produto ou serviço que será consumido e saber a melhor forma de utilização e os processos de fabricação . Esta necessidade existe, não só para avaliar determinada relação de consumo em sentido individualizado (com relação à compra que esteja sendo feita), mas, principalmente, para o consumidor se instruir e incrementar a formação de seu espírito crítico, de modo que este, possa bem se posicionar e enfrentar as circunstâncias do mercado de consumo. Na maioria das vezes, os consumidores têm dificuldades de se organizar e não encontram tempo ou esforço para conhecer os mecanismos de funcionamento do mercado, instrumento que lhes possibilitaria perceber um eventual contexto adverso.

    Esse dilema é relacionado entre duas partes diferentes : a) primeiramente, uma de cunho individual. Nela o consumidor precisa receber adequada informação e instrução para bem se conduzir quanto ao fornecimento específico em que está envolvido. Como resultado, poderá  fazer boas escolhas, tendo a opção de adquirir bem e usufruir de forma adequada o produto ou serviço, tudo sem prejudicar o contexto do mercado e sem ter de suportar encargos injustos ou correr riscos pessoais ou econômicos; b) a segunda delas, envolvendo a coletividade , indica que o consumidor deve estar apto para saber se comportar construtivamente em sua participação no contexto global do mercado de consumo. É preciso ir além de receber a informação e educação que cabe aos fornecedores ministrar, mas, especialmente, haver conscientização . Com isso, cabe a todos contribuir para um melhor meio ambiente nessas relações, zelando para que a correta utilização dos produtos e serviços.

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     A informação e educação para o consumo têm papel fundamental: – na proteção da saúde e segurança do consumidor; e na proteção dos interesses patrimoniais/econômicos dele. Neste contexto, sem dúvida, a proteção contra os riscos revela-se mais importante, pois dela pode depender a saúde e segurança do consumidor (o atingimento físico/psíquico abala a qualidade de vida e pode até encerrá-la desastrosamente).A informação e educação para o consumo de medicamentos, cuja orientação deve privilegiar o cumprimento dos tratamentos, mas sob orientação médica, é um exemplo disso.  De forma similar, pelo seu elevado número e dimensão, os interesses econômicos, também merecem atenção. Ao fornecedor cabe informar e orientar/aconselhar o consumidor para que este saiba comprar conscientemente e fruir de forma adequada os produtos e serviços e também o crédito. Note-se que quando o consumidor adquire um produto com dezenas de funções e não as utiliza por falta de conhecimento , naturalmente assimila um prejuízo. Assim, quando adquire um aparelho de telefone celular dotado de funções com câmera fotográfica, agenda, conexão via internet, acesso a portal de notícias, possibilidade de compras de mercadorias e pagamento automático de contas, medição de temperatura , localização por GPS e outras utilidades , mas se resume unicamente a utilizá-lo para ligar e receber ligações, consequentemente, desperdiça dinheiro. Este quadro distorcido de mau aproveitamento do consumo, devido ao consumidor ser carente de educação específica, faz com que ele acabe por consumir mal e em excesso , diminuindo a utilidade do produto ou serviço e sempre gerando lixo desnecessário. Pode se dizer que também não sabem descartar corretamente o lixo gerado , portanto , pode até prejudicar o meio ambiente.

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Desigualdade no consumo mundial  e ações para reverter esse cenário 

    Atualmente , vivemos uma situação extremamente desigual ao consumo, em que 16% da população do planeta, ou seja, aproximadamente 1 bilhão  de pessoas, são responsáveis por quase 80% do total consumido. Mesmo com tal concentração, já se consome 50% a mais de recursos naturais renováveis do que a Terra consegue repor ou reutilizar. E com a entrada de 3 bilhões de novos consumidores no mercado de consumo de massa nos próximos 20 anos, precisaremos de cerca de 4,5 planetas para suprir todo o consumo se mantidos os padrões atuais. Sendo assim , é absolutamente necessário adotar modificações urgentes para essa situação .

    Com isso , foi criada uma das principais propostas do Plano Nacional de Produção e Consumo Sustentáveis, elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com diversas organizações institucionais e outros atores sociais para incentivar mudanças nos modelos insustentáveis de produção e consumo . Ela é baseada em que a educação para o consumo consciente, principalmente de crianças e jovens, é um dos meios mais eficazes para promover a transição na cultura de consumo rumo a uma sociedade ambientalmente mais equilibrada e socialmente mais justa.

    Alguns princípios importantes devem orientar a atuação nessa área para que seja possível alcançar a escala e a velocidade indispensáveis para a transformação que se faz necessária. O Instituto Akatu trabalha com educação para o consumo consciente desde sua fundação, em 2001, e usou o aprendizado derivado dessa experiência como base fundamental para a criação do Edukatu , uma rede de aprendizagem de professores e alunos para o consumo consciente e a sustentabilidade. Ações colocadas em prática pelo instituto:

  1. "A forma de consumir se consolida em uma “cultura de consumo”, expressa em hábitos cotidianos, e, como tal, é aprendida na infância e reforçada ao longo da vida. Uma das formas mais eficazes para que as pessoas se disponham a consumir de forma diferente é que desenvolvam esses hábitos desde cedo, conhecendo os impactos do consumo sobre a vida em geral e acumulando repertório sobre formas distintas de consumir, reforçadas pelos novos comportamentos de consumo";

  2. "Ao educar para o consumo consciente, educa-se para que as pessoas conheçam os impactos de seus atos de consumo sobre si próprias, sobre a sociedade e sobre o meio ambiente, e façam suas próprias escolhas de forma consciente. Isso exige uma metodologia de ensino que apoie o desenvolvimento da capacidade crítica da criança, e que leve em conta as influências do tempo, da cultura e da política na relação das pessoas com o meio onde vivem. É, portanto uma educação para a autonomia como um dos princípios fundamentais";

  3. "As crianças são diferentes entre si e, por isso, é muito difícil pensar em esquemas de aprendizagem que sirvam igualmente para meninos e meninas de idades, escolas, regiões e culturas diferentes, e graus diferentes de assimilação do consumo consciente. Assim, é preciso criar e oferecer plataformas em que alunos e professores possam construir seus próprios caminhos de ensino e de aprendizagem, transformando também a criança em protagonista do processo de transformação do meio onde vive. Quando se percebe como tal, a criança passa a influenciar substancialmente as pessoas a seu redor, demandando mudanças no comportamento de seus pais, seus professores e seus pares";

  4. "As tecnologias contemporâneas da informação e de comunicação possibilitam levar as ações educativas a uma escala e uma abrangência significativas, servindo como instrumento fundamental para a educação do século XXI. Ao mesmo tempo, devem ser pensadas como ferramentas de auxílio ao professor e possibilitadoras da interação, de uma forma colaborativa e não hierárquica";

  5. "As possibilidades de prática do consumo consciente estão presentes nas escolhas de consumo no cotidiano das crianças e jovens e, por isso, geram interesse e permitem analisar resultados de forma quase imediata. Nesse sentido, fomentar a criação e desenvolvimento de projetos transdisciplinares, envolvendo a escola e a comunidade, é um excelente caminho para a disseminação do consumo consciente, com forte engajamento dos professores e alunos na busca de resultados concretos."

    Em suma , o que se busca é provocar um comportamento de consumo autônomo, prudente quanto a seus impactos e justo na distribuição de seus benefícios. Propostas como a do Edukatu , têm um potencial muito grande para modificar, na prática, a relação entre a criança e o consumo, possibilitando caminhar na direção correta e , consequentemente , criando um novo modelo de civilização em termos da forma de viver e do respeito aos recursos naturais e à humanidade. 

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Sustentabilidade na indústria 

    Sustentabilidade e preservação ambiental são temas discutidos diversas vezes no dia a dia. Grande parcela das pessoas estão percebendo que, ainda que individualmente, mudar hábitos e ações com o intuito de reduzir o impacto ambiental e preservar recursos naturais é uma reação necessária e que deve se tronar algo natural . Mas quando a pauta sustentável chega à mesa de líderes de empresas e indústrias, os impactos podem tomar proporções ainda maiores e fazer a diferença tanto local quanto globalmente.

    Para garantir a acessibilidade à todas as pessoas , as indústrias e empresas precisam usar recursos que são potencialmente poluentes  para a fabricação de bens de consumo . A instalação de uma fábrica em um espaço que antes era apenas campo, por exemplo, traz diversos resultados positivos economicamente , mas negativos ao meio ambiente : ao mesmo tempo em que causa impactos ambientais, também gera empregos e contribui para o desenvolvimento econômico. Esse efeito é necessário para que possamos continuar usufruindo de todos os produtos que fazem parte do nosso dia a dia: dos alimentos, à água até eletrônicos e roupas, praticamente tudo passa por um processo de industrialização.

    Mas se por um lado as grandes empresas utilizam recursos naturais em grande escala para garantir o funcionamento de cada etapa da produção, por outro, quando elas decidem ajustar seus processos industriais visando à sustentabilidade o resultado também é em proporções maiores. Medidas tomadas no dia a dia da indústria a tornam mais sustentável. E cada vez mais empresas estão percebendo isso e implementando ações que diminuem seu impacto ambiental.

    As empresas ambientalmente conscientes são aquelas que se conscientizam em relação ao  o efeito que causam no meio em que estão instaladas e que tentam melhorar alguns cenários por meio de melhoria de processos industriais.  Desde que haja interesse em fazer o bem e devolver à natureza o que se tira dela , a sustentabilidade poderá ser implementada nas indústrias. A utilização da água e da matriz energética são fatores essências que fazem diferença em uma indústria sustentável. Elas apresentam , sistema de tratamento correto de água e outros resíduos, na qual minimiza os riscos de poluição e grande parte é reutilizada . Além disso , a implementação do gás natural  , considerado limpo , se encaixa em uma das ações que visam a melhora ambiental .

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